terça-feira, 18 de março de 2008

Fátima lança nome de Virgínia para disputar prefeitura

A deputada federal Fátima Bezerra não será candidata à Prefeitura de Natal. A decisão foi anunciada ontem. Ao invés de se lançar, a deputada optou pelo apoio ao nome da secretária de Planejamento do Município, Virgínia Ferreira. Ontem, três tendências do partido (Tendência Marxista, Democracia Socialista, Movimento PT) e mais o grupo ligado ao vereador Fernando Lucena aprovaram a decisão.

Esses grupos entendem que Virgínia Ferreira é um nome que pode agregar os apoios suficientes para levar o PT à Prefeitura de Natal. A expectativa de aliança gira principalmente em torno do PMDB e do prefeito Carlos Eduardo. O trabalho agora será interno: o grupo que apóia Virgínia Ferreira vai dialogar com o deputado Fernando Mineiro para conquistar também o apoio dele e com isso evitar prévias. De um jeito ou de outro, algo está bem claro: “O PT marchará unido”, assegurou Fátima Bezerra.

Os comentários de que o nome da secretária de Planejamento do Município poderia ingressar na disputa municipal 2008 já corriam há algum tempo. E sinalizavam que ela teria a simpatia do prefeito Carlos Eduardo, inclusive como possível nome que ele apoiaria e que chamaria para si o apoio do PMDB. Sábado passado, o grupo Tendência Marxista cristalizou o que antes eram só boatos de bastidores e propôs a discussão do nome de Virgínia Ferreira como candidata.

A esse tempo, já havia indicações da concordância de outro grupo: o Movimento PT, do qual faz parte a deputada Fátima Bezerra. Antes mesmo da reunião, na sexta à noite, sinais cruzaram a cidade dando conta de que estava 100% certo o fato de Fátima Bezerra não lançar candidatura e apoiar Virgínia. Do sábado para ontem foi um salto: os grupos Tendência Marxista, Democracia Socialista, Movimento PT e mais o grupo independente de Fernando Lucena se reuniram na Federação dos Trabalhadores na Agricultura e depois de cerca de duas horas e meia de reunião — com direito a muitos aplausos e gritos de ordem — aprovaram lançar a pré-candidatura.

O caminho agora — caso Fernando Mineiro não passe a apoiar Virgínia — é o PT realizar prévias e decidir no voto interno quem será o candidato. Isso na teoria. Porque na prática a tendência é que o partido se una em torno da nova candidata exatamente pelos motivos que a credenciaram ser lançada, como explicou Fernando Lucena: “Virgínia resolve dois problemas: o interno (unidade) e o externo (alianças)”.
Fonte: Tribuna do Norte

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