terça-feira, 10 de maio de 2011

Estudantes podem entrar em greve

Ellen Dias
Da Redação do DeFato


O Diretório Central dos Estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (DCE UERN) informou que na próxima quarta-feira realizará uma assembleia para discutir a possibilidade de uma mobilização grevista estudantil. Aproveitando o momento em que os professores da universidade também discutem uma possível paralisação, os estudantes também querem cobrar medidas de melhorias por parte da universidade.
Na última quinta-feira, os professores da universidade decidiram em assembleia que iriam esperar por um posicionamento do governo do estado em relação à pauta de reivindicações da categoria e adiaram a votação do indicativo de greve.
A associação dos docentes da Uern (ADUERN) terá uma audiência com a governadora Rosalba Ciarlini, prevista para o dia 18 de maio. Só após essa reunião, a categoria voltará a discutir o assunto.
Entretanto, se para os professores a discussão está temporariamente paralisada, para os estudantes, esse é o momento de começar a se mobilizar.
Segundo o presidente do DCE, Petrônio Andrade, a greve estudantil não é uma iniciativa isolada da greve docente, porém, o movimento tem suas reivindicações, independente da decisão dos professores.
"Nós temos uma proposta que será levada à Aduern de um comando de greve unificado, como aconteceu da última vez, em 2007. Mas os estudantes têm reivindicações próprias", explica Petrônio.
Em 2007, os estudantes apoiaram a greve dos professores e também participaram da mobilização. O comando de Greve unificada levou à discussão, entre outros assuntos, da abolição das taxas para solicitação de documentos na universidade, como diplomas, requerimentos etc. Sobre o propósito da mobilização, o presidente do DCE explica que os problemas da Universidade não se resumem à classe docente e diz que os estudantes também têm direito de cobrar por melhorias.
Entre as reivindicações atuais da classe, as principais são as que dizem respeito a melhorias nas estruturas físicas da instituição e a construção de residências universitárias.
"Os alunos do curso de Letras estão tendo aula no Bloco de Serviço Social porque algumas salas do bloco deles não têm mais estrutura física adequada. Os laboratórios da universidade vivem sem material. Tem a questão das residências também, dos alunos que vêm de fora e vivem em situação precária. Então é isso que nós pretendemos cobrar. Pode ser que a greve represente um atraso de cerca de 2 meses para todos, mas é em benefício geral da universidade", explica Petrônio.
A assembleia estudantil ocorrerá no ginásio poliesportivo do Campus central da Uern, na próxima quarta-feira, às 8h. Segundo o presidente do DEC, a maioria da classe estudantil tem se mostrado favorável à mobilização.

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